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Glaucoma tem cura? Entenda os sintomas, tipos e principais tratamento

Glaucoma: sintomas, tipos, tratamento, tem cura?

Principal causa de cegueira irreversível do mundo, estima-se que o glaucoma afete entre 2-3% da população brasileira com idade superior a 40 anos, percentual que representa, aproximadamente, 1,5 milhões de pessoas. Na população acima de 70 anos, esse número pode chegar a 7%. Para o futuro, as estimativas são pouco animadoras: até 2040, mais de 111 milhões de pessoas terão glaucoma em todo o mundo. O diagnóstico precoce é a melhor forma de evitar os danos à visão.

Saiba mais sobre o glaucoma!

O que é glaucoma?

O glaucoma é uma doença caracterizada pela lesão progressiva ao nervo óptico, estrutura responsável por transmitir impulsos nervosos ao cérebro, a fim de formar a visão. Na maior parte dos casos, se desenvolve de forma bilateral, ou seja, os dois olhos são afetados.

Quais são os sintomas do glaucoma?

Na maioria das vezes, o glaucoma se manifesta de maneira silenciosa. Não causa dor, coceira ou qualquer outro sintoma, especialmente nos estágios iniciais. Por isso, é comum que o diagnóstico só seja realizado depois de a visão ter sido comprometida de modo irreversível.

Os sintomas, quando presentes, tendem a ocorrer em estágios mais avançados da doença e no caso de glaucoma agudo – ou glaucoma de ângulo fechado. Nesta situação, pode haver dor intensa em um dos olhos, visão embaçada e vermelhidão. Trata-se de um caso de urgência e que deve ser tratado por um médico oftalmologista imediatamente.

Como surge o glaucoma?

Umas das principais causas para o desenvolvimento do glaucoma é o aumento constante da pressão intraocular. O globo ocular é preenchido por um líquido humor aquoso, responsável por controlar a pressão no interior do olho. O aumento acontece diante de um desequilibro entre a produção desse líquido e o seu escoamento, seja pelo excesso ou por alguma obstrução. A doença pode avançar lentamente, por anos, sem que seja identificada. Por isso, é fundamental que sejam realizadas visitas regulares ao médico oftalmologista, especialmente em casos de pacientes que pertencem ao grupo de risco.

Em que casos o glaucoma pode causar cegueira?

Sem o diagnóstico e o tratamento adequado, todos os casos de glaucoma podem causar cegueira irreversível. Os danos, inicialmente, afetam a visão periférica, fazendo com que pareça que o paciente está enxergando por dentro de um tubo. Sem intervenção, a visão central também é comprometida, até chegar à cegueira.

É possível desenvolver glaucoma com pressão ocular normal ou baixa?

Sim, é possível. Neste caso, é chamado de glaucoma de pressão normal e é caracterizado pela lesão ao nervo óptico e diminuição da camada de fibras nervosas da retina, sem qualquer evidência de aumento da pressão intraocular.

Glaucoma é hereditário ou genético?

O histórico familiar é um dos principais fatores de risco relacionados ao desenvolvimento do glaucoma. Devido ao caráter hereditário, parentes de 1º grau têm 10 vezes mais chances de desenvolver a doença.

Glaucoma é considerado uma comorbidade?

Comorbidade é o termo utilizado para caracterizar a ocorrência de duas ou mais doenças relacionadas no mesmo paciente, ao mesmo tempo. Dessa forma, o glaucoma, por si só, não pode ser considerado uma comorbidade.

Glaucoma é considerado uma comorbidade para Covid-19?

Até o momento, não há indícios significativos de que o glaucoma possa ser um fator de agravamento em casos de infecção pelo novo coronavírus, da mesma forma que não existem evidências de que os colírios utilizados por pacientes com glaucoma possam influenciar de alguma forma em casos de Covid-19.

O mais importante é ressaltar que o tratamento e o acompanhamento médico oftalmológico não devem ser interrompidos durante a pandemia, sob o risco de danos significativos à visão.

Glaucoma é contagioso?

O glaucoma não é contagioso. Não é possível “pegar” ou transmitir glaucoma, pois a doença se manifesta devido a alterações no interior do globo ocular.

Por que glaucoma é uma doença perigosa?

O principal motivo para que o glaucoma seja considerado uma doença perigosa é a impossibilidade de tratar a lesão no nervo óptico, dessa forma, os danos à visão, independentemente do grau, não podem ser revertidos. Os tratamentos disponíveis visam interromper o avanço da doença, impedindo complicações mais graves, mas não são capazes de recuperar a qualidade visual.

Em quanto tempo uma pessoa com glaucoma pode ficar cega?

A perda da visão ocorre de maneira lenta e progressiva, na maior parte das vezes. Em casos de glaucoma de ângulo aberto, a perda total da visão pode demorar até 20 anos para ocorrer, afetando, primeiramente, a visão periférica. No entanto, quando se trata do glaucoma de ângulo fechado, as crises e, consequentemente, a perda da visão, podem acontecer de maneira súbita.

Todo paciente com glaucoma ficará cego?

Não necessariamente. Apesar de ser a principal causa de cegueira irreversível do mundo, nem todo paciente que desenvolve glaucoma perde a visão completamente. Para evitar o comprometimento visual severo, é importante que a doença seja diagnosticada precocemente e tratada corretamente.

Como é a visão de quem possui glaucoma?

Nos estágios iniciais, o glaucoma se desenvolve sem causar qualquer dano à visão. Conforme avança, a visão periférica é a primeira a ser afetada. Assim, o paciente parece estar enxergando através de um tubo. Sem o tratamento adequado, a doença avança, causando o fechamento dessa visão tubular, até chegar à cegueira.

Quais os tipos de glaucoma?

Os dois principais tipos de glaucoma são conhecidos como:

Glaucoma primário de ângulo aberto

Este é o tipo de glaucoma mais comum, sendo caracterizado pela lesão do nervo óptico associada ao ângulo aberto da câmara anterior, estrutura localizada entre córnea e a íris. Neste caso, mesmo com a abertura correta do ângulo, para que o humor vítreo escoe, ocorre o aumento da pressão intraocular.

De ângulo fechado

O glaucoma de ângulo fechado é caracterizado pela obstrução, crônica ou aguda, do ângulo da câmara anterior. O fechamento do ângulo pode ser primário, sem causa conhecida, secundário, quando associado a outra condição, agudo, subagudo ou crônico. Neste caso, é fundamental que o tratamento seja realizado imediatamente, a fim de impedir a perda da visão. As crises agudas do glaucoma de ângulo fechado podem – e devem – ser prevenidas através do diagnóstico precoce e tratamento adequado.

O glaucoma ainda pode ser:

Neovascular

O glaucoma neovascular ocorre quando o aumento da pressão intraocular está associado à formação de neovasos, ou seja, novos vasos sanguíneos, que são mais frágeis e podem se romper facilmente. Entre as causas mais comuns estão: retinopatia diabética, oclusão de veia central da retina e síndrome ocular isquêmica.

Secundário

Este é o tipo de glaucoma que ocorre quando o aumento da pressão intraocular se dá por fatores secundários, como a presença de doenças inflamatórias, catarata e uso indiscriminado e sem prescrição médica de medicamentos com corticoides.

Congênito

O glaucoma congênito afeta recém nascidos e crianças. Neste caso, a doença ocorre devido à má formação do sistema de drenagem do humor vítreo. Alguns sintomas comuns são: lacrimejamento, sensibilidade excessiva à luz, perda do brilho da íris e aumento do globo ocular.

Quais os fatores de risco associados ao desenvolvimento do glaucoma?

O histórico de glaucoma na família é o principal fator de risco associado ao desenvolvimento do glaucoma. Mas, além deste, existem outros fatores, como: etnia africana (em casos de glaucoma de ângulo aberto) ou asiática (para glaucoma de ângulo fechado), idade superior a 40 anos e alto grau de miopia. É fundamental que todo paciente que faz parte do grupo de risco realize o acompanhamento médico oftalmológico, pois essa é a melhor maneira de identificar qualquer alteração ainda nos estágios iniciais e, assim, evitar o comprometimento da visão.

Que perfis devem ficar atentos ao desenvolvimento de glaucoma?

Devido ao caráter hereditário, todo paciente com casos de glaucoma na família envolvendo parentes de 1º grau devem, indiscutivelmente, realizar o acompanhamento médico oftalmológico. Além disso, pessoas com mais de 40 anos, altos graus de miopia e de descendência africana ou asiática devem dar atenção especial à saúde dos olhos.

Por que o diagnóstico precoce é importante?

Identificar o glaucoma ainda nos estágios iniciais é a melhor forma de evitar o comprometimento da visão, uma vez que permite que o tratamento seja iniciado o quanto antes. Como a doença se manifesta de maneira assintomática, na maior parte das vezes, a melhor forma de obter o diagnóstico precoce é através da avaliação periódica junto ao médico oftalmologista. O ideal é que o check-up ocular seja realizado, ao menos, uma vez por ano.

É possível que bebês desenvolvam glaucoma?

Sim, bebês também podem desenvolver glaucoma. Neste caso, chama-se glaucoma congênito e afeta desde recém nascidos, até crianças com 3 anos de idade.

O teste do olhinho é a melhor maneira de identificar a doença precocemente, permitindo que o tratamento seja realizado. Ele deve ser feito ainda nos primeiros dias de vida e permite uma ampla avaliação do sistema ocular.

Glaucoma tem cura?

Infelizmente, o glaucoma é uma doença crônica e não pode ser curado. Os tratamentos contra o glaucoma têm por objetivo estabilizar o avanço e impedir o desenvolvimento de complicações, como a perda da visão, mas não são capazes de curar a doença, tampouco reverter o comprometimento visual.

Como é feito o diagnóstico? Quais exames são capazes de identificar a doença?

O diagnóstico do glaucoma é realizado pelo médico oftalmologista, com base no histórico clínico e através da realização de alguns exames, como:

Tonometria – que realiza a medição da pressão intraocular;

Biomicroscopia ou exame da lâmpada de fenda – indicado para avaliar as estruturas dos olhos;

Oftalmoscopia – que também permite uma avaliação das estruturas oculares, incluindo o nervo óptico;

Campimetria ou exame de campo visual – capaz de avaliar a visão periférica e identificar possíveis perdas do campo visual;

Paquimetria – que avalia a espessura da córnea e auxilia a leitura da pressão intraocular;

Gonioscopia – que permite a avaliação dos ângulos de drenagem da câmara anterior.

Tomografia de Coerência Óptica – permite uma análise estrutural das camadas sensoriais retinianas, nervo óptico, com gráficos de evolução da doença, entre outros recursos.

Quais os principais tratamentos?

O tratamento contra o glaucoma pode ser realizado através do uso de colírios, de aplicações de laser e da realização de cirurgia. A escolha da medida mais indicada se dá de acordo com o tipo e com o estágio da doença.

Colírios – este é o tratamento mais frequente, sendo, muitas vezes, a primeira opção. Consiste na aplicação de colírios com o objetivo de reduzir a pressão intraocular.

Aplicações de laser – existem dois tratamentos que podem ser realizados com o uso de laser: a trabeculoplastia e a iridotomia, ambos com o objetivo de facilitar a drenagem do humor aquoso.

Cirurgia – hoje em dia temos as MIGS, que são cirurgias minimamente invasivas,  trabeculectomia entre outras,  onde o objetivo é criar uma espécie de caminho da câmara anterior, até a conjuntiva, de modo a auxiliar a drenagem do humor vítreo.

Quando a cirurgia é indicada?

O uso de colírios é a medida mais comum, nos casos de glaucoma. O tratamento através da realização de procedimento cirúrgico é indicado quando os outros meios deixaram de se mostrar eficazes ou, ainda, diante da necessidade de reduzir o uso de medicamentos. Somente o médico oftalmologista pode realizar a avaliação completa, através de exames, para, dessa forma, definir qual o tratamento mais indicado.

Existe algum risco na cirurgia de glaucoma?

Assim como em qualquer cirurgia ocular, existem riscos envolvidos na realização da cirurgia de glaucoma. Os riscos podem ser reduzidos através da escolha correta do cirurgião e do local para a realização da cirurgia. Além disso, respeitar todas as orientações médicas no pós-operatório é fundamental para evitar danos à saúde dos olhos.

Como é a recuperação de uma cirurgia de glaucoma?

Após a realização da cirurgia de glaucoma, é preciso adotar uma série de cuidados e seguir as orientações do médico oftalmologista de maneira rigorosa. De modo geral, a recuperação tende a ser rápida, sendo as duas primeiras semanas mais delicadas. Além disso, é importante que alguns cuidados sejam observados, como evitar atrito com o olho operado e higienizar as mãos corretamente antes de manipular os colírios.

É possível evitar o desenvolvimento do glaucoma?

Atualmente, não existem medidas capazes de evitar o desenvolvimento do glaucoma. Por isso, é importante que sejam realizadas consultas regulares ao médico oftalmologista, especialmente na presença de fatores de risco, pois essa é a melhor forma de identificar a doença ainda nos estágios iniciais.

É permitido o uso de lente de contato?

Quem convive com glaucoma pode usar lentes de contato normalmente, sem prejuízos à saúde dos olhos. Contudo, o cuidado deve ser redobrado, a fim de evitar lesões e infecções, capazes de agravar a condição. Além disso, elas devem ser removidas antes da administração de colírios para o tratamento do glaucoma. Mas lembre-se: é fundamental que todo o processo de adaptação de lentes de contato seja realizado com o acompanhamento do médico oftalmologista.

E a realização de atividade física?

Quem tem glaucoma pode – e deve – realizar atividades físicas. A prática de exercícios físicos é benéfica para a saúde de todo o corpo, incluindo os olhos. No entanto, é preciso ter cautela na realização de atividades que exigem esforço intenso, como levantamento de peso. Neste caso, é importante realizar o acompanhamento junto ao médico oftalmologista, a fim de avaliar se a prática interfere no aumento da pressão intraocular. Além disso, a incorporação de hábitos saudáveis à rotina, como alimentação balanceada, é fundamental para a saúde dos olhos.

Existem colírios recomendados para glaucoma?

O uso de colírios no tratamento de glaucoma é indicado para auxiliar a redução da pressão intraocular, de modo a estabilizar o avanço da doença. O colírio é um medicamento e, como tal, só deve ser usado sob prescrição médica. O uso indevido pode causar o agravamento do quadro. Somente o médico oftalmologista pode indicar o colírio mais recomendado para cada caso, após extensa avaliação.

Quem tem glaucoma pode tomar Ivermectina?

Não há contraindicações quanto à administração de Ivermectina por pacientes que convivem com glaucoma. Mas lembre-se de que todo medicamento só deve ser usado sob prescrição médica. O uso indiscriminado pode causar graves prejuízos à saúde.

Quem tem glaucoma pode tomar Dipirona?

O uso de Dipirona em doses terapêuticas não interfere no aumento da pressão intraocular ou causa qualquer outro prejuízo, em casos de glaucoma.

Quem tem glaucoma pode tomar Nimesulida?

Não existem contraindicações quanto ao uso de Nimesulida por pacientes com glaucoma.

Quem tem glaucoma pode beber cerveja ou consumir bebidas alcoólicas?

Quem tem glaucoma pode, sim, consumir bebidas alcóolicas, incluindo a cerveja, desde que seja com a devida moderação.

Corticoide realmente não é recomendado para pacientes com glaucoma? 

Medicamentos à base de corticoides podem ser bastante eficazes no tratamento de diversas doenças, como alergias e doenças reumatológicas, e se apresentar sob a forma de comprimidos, sprays e, claro, colírios. No entanto, o uso contínuo pode provocar o aumento da pressão intraocular e, consequentemente, o desenvolvimento do glaucoma.

Por mais que pareçam inofensivos, colírios também são medicamentos e nunca devem ser usados de maneira indiscriminada e sem prescrição médica. Quando prescritos, devem ser utilizados de acordo com a orientação do médico oftalmologista, respeitando a posologia e o tempo do tratamento.

As informações apresentadas aqui possuem caráter exclusivamente informativo. Em caso de dúvidas ou na presença de sintomas, não hesite em consultar seu médico oftalmologista!

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